Gestação Ectópica
A gravidez precisa se iniciar dentro do útero. E quando isso não acontece? Saiba quando suspeitar e o que fazer.

A gestação, para evoluir da maneira adequada e poder gerar um bebê com saúde tanto para ele quanto para a mãe, precisa acontecer dentro do útero, lá dentro da cavidade uterina.
Porém, em alguns casos (em até 2% das gestações), o embriãozinho acaba se implantando (grudando) e se desenvolvendo
em outros locais. O local mais comum é a própria
tuba uterina
(trompa), conforme imagem abaixo, que acontece em 96% dos casos de gestação fora da cavidade uterina.
É importante que você saiba algumas informações sobre essa condição que pode ser potencialmente fatal! Por isso me dediquei a escrever esse texto. Vamos lá?
A primeira informação é que, infelizmente, não é possível que o embrião se desenvolva por muitas semanas dessa maneira.
Ah, também já me perguntaram se seria viável retirar ele da tuba e colocar dentro do útero, mas isso também não é possível, pelo menos até o momento.
A segunda informação importante é que pode ser bastante perigoso manter ele crescendo nesse local. Isso porque pode acontecer o rompimento da tuba uterina!! Esse rompimento acaba provocando sangramento importante, com um quadro de hemorragia mesmo, podendo levar até ao risco de vida da mulher.
Mas, afinal, quando suspeitamos desse diagnóstico?
Veja, os sintomas que, combinados, devem acender o alerta vermelho são: sangramento vaginal, dor abdominal e atraso da menstruação.
Então, se existe chance de que você esteja grávida, especialmente no comecinho da gestação; ainda não fez ultrassom para avaliar onde está se desenvolvendo a gravidez; está com dor na barriga e com sangramento semelhante à menstruação, procure atendimento médico para uma melhor avaliação!
Caso você esteja com a gestação se desenvolvendo fora do útero, será necessário conversar com sua médica quanto aos possíveis tratamentos, que podem ir desde aguardar com reavaliações frequentes até mesmo à abordagem cirúrgica. Esta pode ser feita, na maioria dos casos, pela técnica minimamente invasiva (videolaparoscopia), o que permite uma recuperação mais rápida e menor risco de complicações.
Espero ter te ajudado com esse conteúdo!